Nem o DEM quer conversa com Rosalba

Diógenes Dantas

O jornal da família Alves, a Tribuna do Norte, estampa hoje na manchete: "DEM não dará apoio à reeleição de Rosalba".

Atribuindo a informação a assessores muito próximos do senador José Agripino Maia, a Tribuna registra que a eventual candidatura de Rosalba Ciarlini prejudica as alianças partidárias para a chapa proporcional que poderiam garantir a reeleição do deputado federal Felipe Maia e dos deputados estaduais Getúlio Rego, José Adécio e Leonardo Nogueira. E deve ser isso mesmo.

A notícia da TN tem fundamento nas hostes do PMDB. Em recente jantar do deputado Henrique Eduardo Alves oferecido à bancada federal potiguar, em Brasília, um diálogo ficou marcado na cabeça dos presentes.

Num determinado momento em que comentava a possibilidade de o DEM apoiar o projeto de reeleição, o deputado Felipe Maia foi cortado pelo anfitrião:

- Felipe, você precisa pensar na sua reeleição. E sua campanha só estará garantida se você estiver com a gente - disse o deputado Henrique Eduardo, do alto de sua suprema condição de presidente da Câmara dos Deputados.

Ou seja, se o DEM não estiver com o PMDB, estará fora dos planos de Henrique Eduardo.

Deve ser por conta disso que José Agripino Maia declarou que o DEM deverá continuar dialogando com o PMDB mesmo diante do rompimento dos peemedebistas em relação ao Governo Rosalba. Lembram??

José Agripino disse algo assim: 

- Do governo cuida Rosalba, do Democratas cuido eu.

Eu recebi a informação que a cúpula estadual do Democratas, pai e filho, Agripino e Felipe, já decidiram que desejam negócio com o PMDB. Rosalba será jogada à própria sorte.

O episódio Betinho Rosado é o sinal mais claro do afastamento de José Agripino  do casal que governa o Estado hoje.

José Agripino segue hoje a liderança política de Henrique Eduardo Alves e não vê futuro político com Rosalba e Carlos Augusto Rosado.

Nem o DEM acredita mais no Governo Rosalba Ciarlini. A legenda quer evitar o que aconteceu com o Partido Verde na gestão de Micarla de Sousa, de tenebrosa memória.

O desgaste de Micarla prejudicou a releição de aliados do porte de Edivan Martins, que saiu da presidência da Câmara Municipal direto para um tenebroso ostracismo.