quinta-feira, 14 de abril de 2016

On 04:39 by Erminio Melo in    No comments

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Ministro afirmou a interlocutores que "seria um desembarque fajuto" deixar a pasta na quinta-feira
Por: Felipe Frazão - VEJA
A decisão do PSD de encaminhar voto favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, confirmada pela bancada nesta noite, será seguida por outra do ministro das Cidades, Gilberto Kassab, presidente nacional do partido.
Kassab sinalizou a aliados que deixará o cargo à disposição, a exemplo de outros ministros, mas somente na segunda-feira, quando considera que "terá início um novo governo" - seja de Dilma, caso a presidente vença em plenário, seja do vice-presidente Michel Temer, que só assumiria de fato quando o Senado, autorizado pela Câmara, abrir o processo de julgamento. Kassab tomou a decisão depois de Dilma dizer que se considera "carta fora do baralho" se perder no plenário da Câmara.
O ministro comentou com interlocutores que "não faria sentido nenhum" e que "seria um desembarque fajuto" deixar o ministério na quinta-feira para ser exonerado apenas um dia antes de o impeachment começar no plenário da Câmara dos Deputados e logo depois de o PSD recomendar voto pelo afastamento da presidente.
Ele decidiu procurar a presidente, pessoalmente, ainda nesta quarta-feira para conversar sobre as duas decisões. Kassab quer descolar os movimentos e evitar ser "ridicularizado" com a pecha de fisiologista - uma de suas principais preocupações desde a criação, com apoio do governo, do PSD. Para o ministro, o partido se manifestou coletivamente pró-impeachment por meio da bancada. Mas ele, pessoalmente, quer permanecer leal a Dilma até domingo. Dois deputados do partido confirmaram ao site de VEJA que Kassab relatou na reunião matinal que entregar o cargo agora seria "oportunismo".

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