terça-feira, 2 de julho de 2013

On 17:02 by Erminio Melo   No comments


Confrontos de rua mataram 7 nesta terça; forças armadas deram ultimato.

Do G1, em São Paulo
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presidente egípcio durante pronunciamento na TV estatal, nesta terça-feira (2) (Foto: AP)presidente egípcio durante pronunciamento na TV
estatal, nesta terça-feira (2) (Foto: AP)

Confrontos entre apoiadores do presidente doEgito, o islamita Mohamed Morsi, e forças de segurança deixaram feridos nesta terça-feira (2) após um pronunciamento do presidente reiterando sua legitimidade.
Segundo a agência Reuters, milhares de muçulmanos se reuniram na praça em frente à Universidade do Egito para pedir o fim do ultimato dado pelas forças armadas do país para que Morsi deixe o poder. Nos últimos dias, protestos levaram milhões de pessoas às ruas contra o presidente, eleito após a revolução que derrubou o ex-ditador Hosni Mubarak em 2011.
Segundo a agência, há dezenas de feridos.
Após o discurso de Morsi, um porta-voz do grupo opositor Frente da Salvação Nacional disse que a fala do presidente é vista como uma "declaraçao de guerra civil", já que ele ignorou as demandas da oposição que pedia sua renúncia.
Morsi fez nesta terça um pronunciamento na TV estatal do país reafirmando sua legitimidade, alegando que ele foi o primeiro presidente eleito democraticamente do país e que as eleições que o elegeram foram livres e representativas. "Não deixem eles roubarem a revolução de vocês", disse ele em um claro recado aos seus apoiadores.
Mais cedo, Morsi havia pedido que as forças armadas retirem o "ultimato", dado na véspera, para que ele divida o poder com a oposição, e disse que não vai receber ordens. Em seu discurso, ele disse que está tentando fazer com que o Exército volte a realizar suas tarefas normais e que seu primeiro ano de governo foi difícil, pois enfrentou desafios de reminiscências corruptas do "antigo regime". A "legitimidade" é "a única garantia contra o derramamento de sangue", acrescentou.
"O presidente Mohamed Morsi garante sua fidelidade à legitimidade constitucional e rejeita qualquer tentativa de desviar dela, e pede às forças armadas que retirem seu alerta, e se recusa a receber ordens internamente ou externamente", disse o Twitter oficial da presidência.
Uma fonte militar disse à agência de notícias Reuters que as forças armadas iriam responder.
Sete pessoas morreram nesta terça em confrontos entre partidários e opositores de Morsi no Cairo, segundo fontes médicas. Os choque ocorreram no distrito de Giza e também deixaram dezenas de feridos, alguns em estado grave, em meio à crise política que paralisa o país e que levou multidões às ruas das principais cidades. Tumultos também eclodiram em outros bairros da periferia do Cairo e na província de Beheira.
egito (Foto: AFP)Manifestantes gritam contra o presidente Morsi (Foto: AFP)

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